“Isso não existe”: Arthur Elias descarta problema emocional na Seleção após derrota para a França

 

Treinador rebate questionamento sobre maturidade emocional do time e diz que não há fragilidade psicológica no grupo

Foto: Lívia Villas Boas /CBF


Na coletiva pós-jogo, Arthur Elias respondeu com firmeza à pergunta sobre a maturidade emocional da Seleção Feminina: “Isso não existe.” A fala do técnico, após nova derrota com virada no placar, reacende o debate sobre a preparação psicológica do time em jogos grandes.


"Não vejo problema psicológico aqui", afirma Arthur Elias

A Seleção Brasileira chegou a abrir 2 a 0 contra a França, mas sofreu a virada e perdeu por 3 a 2 em Grenoble. Após o resultado, questionei o treinador se a equipe tem um plano real para desenvolver a tomada de decisão sob pressão — ponto que tem se mostrado crítico contra grandes adversários.

Arthur Elias foi direto:

“Isso não existe. Aqui eu não vejo a Seleção tendo nenhum problema nesse aspecto psicológico. Pelo contrário. É uma equipe muito presente, com poder de reação, como já mostrou contra os Estados Unidos e contra o Japão.”

Segundo o treinador, o ambiente interno é positivo, e as jogadoras — ainda que jovens — têm personalidade:

“O ambiente é ótimo. As atletas são muito encorajadas, com muita personalidade. Vejo um amadurecimento muito maior nesse sentido.”


"Não se treina mental isoladamente", diz treinador

Arthur Elias também rejeitou a ideia de que o emocional deva ser tratado como um fator separado no futebol. Para ele, o trabalho de campo precisa ser integrado — e a tentativa de separar físico, tático e psicológico seria uma distorção da realidade do jogo.

“Isso tudo tem. Não dá pra excluir. Tático, físico, mental... não são coisas que você treina isoladamente. É uma bobagem querer segregar. A performance envolve todos esses aspectos juntos.”


Seleção sofre nova virada — e a pergunta permanece

Mesmo com boa atuação inicial, o Brasil perdeu o controle emocional e tático do jogo após sofrer o empate. O padrão já foi visto antes, inclusive em confrontos anteriores contra França, Alemanha e Canadá — e levanta dúvidas sobre a consistência mental da equipe sob pressão.


A resposta do técnico evidencia confiança no trabalho, mas a discussão sobre preparo emocional permanece aberta — ainda mais às vésperas da Copa América Feminina.

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