Blues sofrem empate nos acréscimos, mas atropelam o Benfica na prorrogação com show coletivo; Di María se despede dos portugueses como artilheiro do torneio
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Foto: Divulgação / Chelsea |
Se existia alguma dúvida sobre quem chegaria mais pronto para encarar o Palmeiras no Mundial de Clubes, o Chelsea respondeu com uma atuação bipolar — mas, no fim das contas, incontestável. Neste sábado (28), o time inglês venceu o Benfica por 4 a 1, em jogo marcado por clima insano, VAR decisivo, expulsão relâmpago e um final avassalador na prorrogação. A vaga nas quartas está garantida. E o rival agora é o Verdão.
Apesar do placar elástico, o duelo teve momentos dramáticos. O Chelsea vencia por 1 a 0 até os acréscimos do segundo tempo, quando um pênalti acidental de Gusto permitiu o empate do Benfica com gol de Di María — em seu último jogo pelo clube português. Na prorrogação, o equilíbrio durou apenas 15 minutos. Depois disso, os Blues ligaram o modo rolo compressor.
Chelsea dominante, mas ineficiente
Desde o apito inicial, os ingleses mostraram suas credenciais. Com uma linha ofensiva agressiva e marcação alta, os Blues engoliram o meio-campo do Benfica. Pedro Neto, muito participativo, quase abriu o placar logo aos dois minutos. Trubin, goleiro ucraniano, e o zagueiro António Silva foram os responsáveis por manter o placar zerado no primeiro tempo — salvando finalizações de Cucurella e Nkunku.
O Benfica pouco criou. A estratégia era clara: resistir. Só que o Chelsea, mesmo sem marcar, mostrava superioridade e controle absoluto do jogo.
Jogo muda de clima — literalmente
O segundo tempo começou como terminou o primeiro: Chelsea em cima. A recompensa veio numa jogada de esperteza. Em falta lateral, Reece James surpreendeu a todos batendo direto para o gol. Trubin, atrasado na leitura da jogada, não conseguiu defender: 1 a 0, Blues.
Parecia decidido. Mas aí veio a virada meteorológica: uma paralisação de mais de uma hora por causa do tempo que esfriou o jogo. E esfriou também o Chelsea. Na volta, um lance fortuito: cruzamento na área, cabeceio de Otamendi, e a bola bateu no braço de Gusto. Pênalti marcado via VAR. Di María converteu e empatou nos acréscimos: 1 a 1.
Prorrogação: caos, expulsão e goleada
Logo no início do tempo extra, o jogo virou. O argentino Prestianni, que havia entrado no fim do tempo normal, conseguiu ser expulso com menos de dois minutos da prorrogação por falta violenta em Colwill. A partir daí, o Chelsea teve o caminho escancarado.
No segundo tempo da prorrogação, o time de Londres foi avassalador. Nkunku, Pedro Neto e Dewsbury-Hall definiram a goleada. Caicedo brilhou na articulação e controlou o ritmo como maestro. A vitória foi categórica, mas só veio com esforço dobrado.
O adeus de um gigante
Mesmo eliminado, o Benfica teve um personagem especial: Ángel Di María, que se despediu do clube marcando seu quarto gol na competição e assumindo a artilharia. Aos 37 anos, o craque argentino retorna ao Rosario Central, clube que o revelou. Sai como símbolo de luta e talento — e deixa saudades na torcida encarnada.
Próxima parada: Verdão
Com a classificação garantida, o Chelsea agora encara o Palmeiras nas quartas de final da Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2025. O duelo será o reencontro entre duas potências que já se cruzaram em decisão — e promete agitar o torneio.
O recado está dado: se quiser o título, o Palmeiras terá que passar por uma máquina inglesa em processo de aquecimento. O Chelsea chega. E chega forte.